Asia na mira dos brasileiros
Futebol na Ásia uma nova realidade
Desde a ida de Rui Ramos para o futebol japonês, isso ainda na década de 80, muitos brasileiros vão para países asiáticos que não necessariamente sejam o Japão, agora a grande vitrine na Ásia, são os petrodólares que são pagos pelos milionários sheiks advindos de países como o Kuwait, Arábia Saudita e Catar. Jogadores como Nilmar, Nenê entre outros trocaram grandes propostas de clubes da Europa e até do Brasil, para desfilarem seu futebol nos gramados impecáveis dos estádios árabes, isso sem contar o quanto eles embolsam por jogarem por lá, uma vez que a Copa de 2022 será no Catar, pais com futebol até 20 anos atrás completamente amador, se profissionalizou, e consegue além de contratar jogadores, manter os que já estão.
Já em alguns países como Irã e Coreia do Norte a presença de brasileiros é mais contida, pois com regimes fechados não é comum times destes países fazerem contratações de estrangeiros, porém ainda há espaço para brasileiros, que tiveram a dura missão de jogar principalmente no Irã, pois devido a questões religiosas, tem que adaptar suas vidas para uma nova realidade.
Porém tudo começou no Japão, após a passagem de brasileiros como Zico, Alcindo, Dunga, Bebeto, entre outros uma grande evolução tática e técnica. Já nos países vizinhos como Coreia do Sul, pais que possui o capitalismo são comuns encontrarmos brasileiros, que vão atrás de ganhar dinheiro, e fazer desta passagem uma porta de entrada para outros mercados da bola. Não distante temos novos e desafiadores de destinos futebolísticos em todos os cantos da Ásia, é possível encontra jogadores no Vietnã, Laos, países com tradição nenhuma em quesito futebol, porém nossos bravos jogadores vão a busca de serem e terem lá, o reconhecimento que no seu pais não tem.
Porém é inegável a acessão do futebol chinês, que decidiu investir pesado nas novas contratações desde 2003 até 2013 já foram contratados 26 brasileiros, que foram atraídos pelas propostas milionárias, tem como maior missão ensinar aos chineses as técnicas e táticas que nos anos 80/90 foram passadas aos japoneses, que hoje jogam de igual contra clubes de maior expressão no futebol, perante sua liga continental.
É até certo ponto um contracenso da pátria exportadora, que revela mais jogadores, do que estrutura os clubes, e isso faz com que cada vez mais jogadores migrem para países asiáticos para tentar a vida mais fácil, e ensinar nosso futebol, e com sorte se naturalizar em seleções, onde possam conseguir uma vaga em uma Copa do Mundo. A Ásia que antigamente, era segundo plano para muitos, pois o foco era a Europa, agora vira primeira opção de vários..
Daniel Heringer
